quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Chelsea - Organização Defensiva



Quase tão surpreendente como os 4 pontos do Chelsea em 15 possíveis na Premier League é a quantidade de golos sofridos. 12 golos encaixados em tão curto espaço de tempo é um registo, no mínimo, improvável para uma equipa treinada por Mourinho, sendo até a pior defesa do campeonato no momento

Dois aspectos que saltaram à vista no jogo com o Everton que estando relacionados, condicionaram os "blues", a incapacidade de controlar sistematicamente o jogo adversário pelo corredor central e o conservadorismo da linha defensiva sempre muito baixa e disposta a recuar sem nunca se adiantar (o Everton não teve um fora-de-jogo assinalado em todo o encontro).

O Chelsea apresentou-se a defender em 4x4x2. Os dois da frente tentaram pressionar as saídas curtas adversárias muito à frente, mas a restante equipa não acompanhava e permanecia recuada fazendo com que Diego Costa e Pedro (em alternativa Fabregas) fossem sistematicamente ultrapassados.

A defender com duas linhas de 4 a linha média (Mikel, Matic, Hazard, e à vez Fabregas ou Pedro) não se revelou especialmente preparada. Quando um elemento saia à pressão, nomeadamente no corredor central, colegas não ajustavam ao fechar espaço interior/dar cobertura o que, juntamente com uma linha defensiva especialmente baixa, permitiu que a bola entrasse nas costas de quem pressionava, e uma vez ultrapassados os médios do Chelsea não eram especialmente rápidos a recuperar. Extremos fixados nos laterais que se projectavam com regularidade encontravam-se por vezes demasiado abertos para controlar espaço interior/corredor central. 

Como já foi referido a linha defensiva teve como comportamento fundamental ir baixando para a zona da sua grande área, isto fez com que o Everton tivesse espaço no corredor central para progredir. Apesar de por vezes um defesa sair à pressão a quem se encontrava entre linhas o Chelsea esteve longe de ser uma equipa compacta (o que também fez com que os toffees ganhassem 2ªs bolas quando recorriam ao jogo directo). Ao contrário do que acontecia por exemplo no seu Real Madrid onde parte da equipa baixava muito levando o jogo propositadamente para zonas recuadas com a intenção de sair com 3/4 jogadores para o contra-ataque que permaneciam sempre adiantados, neste jogo essa não pareceu ser a intenção de Mourinho.

Última referência para o momento das substituições. Após a entrada de Falcão (que fez dupla com Diego Costa no ataque) Pedro passou para o meio, aí o Chelsea continuou a revelar problemas defensivos, com a equipa a baixar e a defender com 7 jogadores atrás da linha da bola junto à sua grande área, pois os avançados não recuavam e o espanhol permanecia ligeiramente mais adiantado

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